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JOÃO LEITE que não te quero CANTAREIRA

O jornal O Popular deste domingo apresentou mais uma das grandes razões pelas quais a SANEAGO não pode mais ser instrumento de fatia política. 


Água Pública deve ser tratada como questão de ESTADO, não como instrumento de governo. Nesta questão da flexibilização da APA (Área de Preservação Ambiental) do João Leite está bem claro de que “lado” a SEMARH (Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos) está e qual será o resultado do seu Relatório, considerando a exclusão que foi infligida à população na participação das reuniões e audiências que NÃO foram públicas.

A proposta tem como objetivo reduzir a área de preservação, dando espaço para loteamentos e comércios na região. Ambientalistas e o Ministério Público de Goiás condenam o projeto e alertam para possibilidade de impermeabilização excessiva, assoreamento, desmatamento e poluição que tal medida pode acarretar, reduzindo o volume de água ou inviabilizando seu consumo.

Alckimin passará para a História como o Governador responsável pela destruição da Bacia e do Sistema Cantareira em São Paulo. Se todos estamos vendo o que ocorreu fora, por que não evitamos que algo ainda pior aconteça em nosso estado?

Perto de um bilhão de reais foram investidos no Sistema João Leite e nem mesmo por este investimento a SANEAGO grita contra os autores da proposta de flexibilização. 


É hora de nós cidadãos participarmos desta história dividindo as decisões com a democracia representativa.

A matéria  linkada no início desta postagem infelizmente só está disponível aos assinantes do jornal O Popular. O momento é de democratizar a informação! Se o assunto é de interesse público, por que não disponibilizar para o público?

Este assunto merece maior divulgação e convido o jornal a liberar a matéria na íntegra a toda a população. 

Uarian Ferreira – Superintendente da Amarbrasil

Sobre a flexibilização da APA do João Leite

Com todo o respeito pelo trabalho e intenção do Grupo, mas qualquer Projeto de ocupação imobiliária ou industrial na zona de amortecimento ou na APA do João Leite é absolutamente temerário e de alto risco, seja de responsabilidade dos empreendedores e acionistas para os danos coletivos futuros, de imagem dos negócios vinculados a danos ambientais ou seja do ponto de vista de comprometimento de saúde das águas do Reservatório que abastece a Capital do Estado.

A Proposta dos Centros Tecnológicos é antiga e boa, mas hoje absolutamente inadequados para serem instalados na Bacia do João Leite. Talvez os altiplanos localizados no triângulo composto pelos 40 Km da BR 414 que vai de Anápolis para Corumbá e vira à direita na GO-338 até Abadiânia na BR-060, sejam mais adequados e de muito melhor logística. Outros entre Anápolis e Brasília ou Leopoldo de Bulhões sejam melhores.

A população consumidora de Goiânia e Aparecida de Goiânia precisa ser conscientizada de que tem obrigação e deve pagar pelos serviços ambientais dos produtores e também pelos prejuízos das cidades instaladas dentro da APA, que estão destinadas sofrerem limitações de expansão e negócios.

É hora da SANEAGO e da SEMARH chamar a população consumidora de Goiânia e Aparecida de Goiânia para participar do Grup”. É hora de reuniões e audiências públicas com os quase 2 milhões de cidadãos que bebem da água do Reservatório João Leite. É hora das construtoras e incorporadoras de Goiânia e Aparecida serem chamadas para o debate e a responsabilidade para o futuro do abastecimento de água de seus empreendimentos.

Se a APA já foi delimitada e é para PROTEGER O MANANCIAL qualquer alteração agora me parece ilícita, considerado o interesse coletivo maior de 2 milhões de pessoas

A questão deve ser estudada com profundidade, com reuniões e audiências públicas e oitiva de todos.

Talvez seja a oportunidade de um grande exercício de DEMOCRACIA PARTICIPATIVA!!!

Uarian Ferreira – Superintendente da Amarbrasi

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A BR-153 e o João Leite: Água e Óleo

No dia 15 de março de 2010 era veiculado no Jornal Diário da Manhã uma matéria de capa, que não só expunha um tema como convidava o leitor a refletir sobre ‘o futuro da água potável em Goiás’.

Com o título “Rodovia Ameaçada”, a matéria mostrava a preocupação da Amarbrasil com a Barragem João Leite, totalmente exposta na BR 153, onde um acidente poderia comprometer drasticamente o abastecimento de água no estado, assim como a movimentação de carros na região que proporciona lixo e emissão de toxinas na água.

A proposta da Amarbrasil continua pois o risco ainda é alto. Essa discussão, que aparentemente pode parecer antiga, é e sempre será atual. Inclusive, em matéria dia 11 de novembro no Jornal O Popular, foi veiculada informação de que um grupo (não especificado) aprovou flexibilização na região, e caso SERMARH (Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos) aprove mudanças, a região de proteção poderá receber novos loteamentos.

Para o superintendente da Amarbrasil Uarian Ferreira, a questão deve ser tratada com maior profundidade, “com todo e máximo respeito, o “grupo” reuniu, discutiu e decidiu, mas esqueceu de combinar com o outro time, que soma quase 2 milhões de cidadãos; se a APA já foi delimitada e é para PROTEGER O MANANCIAL qualquer alteração agora me parece ilícita com o deliberado intuito de acomodar conveniências individuais” afirma.

Confira na íntegra a matéria veiculada no Diário da Manhã clicando no link a seguirjornalamarbrasil

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Construção de anel viário pode comprometer o abastecimento de Água em Goiânia

Sob o título “BR-153 – Obras de desvio começam em um ano”, a edição eletrônica do jornal O Popular, no dia 14 de agosto, anunciou que “o projeto de construção de um anel viário na BR-153, que começa em Hidrolândia, passando pelos municípios de Aparecida de Goiânia, Senador Canedo e Goiânia até as proximidades da Polícia Rodoviária Federal, na saída para Anápolis, caminha para a fase final de elaboração.”

Também que os “técnicos do governo estadual, das prefeituras e da Triunfo, concessionária da rodovia, e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) discutiram os detalhes do projeto. E que o “ projeto prevê um desvio de 40 quilômetros em pista dupla e iluminada. A obra será construída pela concessionária da BR-153 e vai significar um grande desafogo no perímetro urbano da BR-153 dentro de Aparecida e de Goiânia.”

A Amarbrasil tem as seguintes perguntas:

Alguém já pensou que o tráfego desta rodovia, que cada dia só aumenta, põe em risco o Reservatório de Água de Goiânia e destrói a unidade do Parque Ecológico?

Alguém já pensou em fazer com que este anel rodoviário se prolongue seguindo a antiga estrada de Goiânia/Goianápolis construída pelos carros de bois sobre o espigão que divide as vertentes das águas do Ribeirão João Leite e do Caldazinha, até encontrar a BR 060 no trevo doe Goianápolis? Pensou que um “desvio” assim traçado eliminará os 12 kms de lixo do tráfego da BR que vertem diretamente para o Reservatório de Água de Goiânia? Alguém já pensou que este desvio pode ser a possibilidade de efetivamente transformar o Parque numa “Unidade Ecológica” e, de sobra, oferecer proteção e saudabilidade às águas do Reservatório?

Na elaboração deste projeto cabe a oitiva dos cidadãos, dos senhores vereadores de Goiânia, para ouvir o que é melhor para a cidade?

O Reservatório de água de Goiânia, idealizado pelo ex-governador Henrique Santillo, jamais teve uma BR com mais de 50 mil veículos trafegando sobre ele por dia e pior, com tudo quanto é carga de ácidos, gazes e líquidos tóxicos que cortam o Estado de Goiás rumo ao Norte e Sul do País. Médico, Henrique Santillo, a voz da Democracia em sua época, sabia que as saúde e qualidade de vida da população da capital do Estado dependeria por décadas da Bacia Hidrográfica do Ribeirão João Leite.

Quantas toneladas de detritos de borracha, óleo e químicos são e serão lançados nos próximos anos no trecho da BR 153 que sai do trevo de Anápolis e vem até o posto da PRF na entrada de Goiânia? Borracha, óleo e químicos altamente cancerígenos levados pelas chuvas diretamente para o precioso reservatório de água que abastece a cidade.

Obras de arte da BR às margens ou sobre o Reservatório ou cortando a unidade do Parque Altamiro de Moura Pacheco, nunca fez parte do projeto comentado por Henrique Santillo, na década de 1980. O projeto em sua ideia original transferia a rodovia impondo-lhe traçado e passagem para lugar distante do Parque e da Bacia do João Leite.

A crise de abastecimento de água é crise de humanidade, de democracia. Água pública: a fonte da democracia. Salve a Unidade do Parque Ecológico e a Fonte da Democracia de Goiânia.