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Rins ofertados para transplantes caem em 2016

Os problemas se agravam a cada ano. E, a lista de espera não para de crescer.

Chega a ser caótica a situação de quem necessita de um rim para transplante no Brasil. No Registro Brasileiro de transplantes, divulgado trimestralmente pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), mostra que houve queda no comparativo de 2015 e 2016, entre janeiro e março em todo o país. No ano passado foram 1.333 transplantes contra 1.287 deste ano, no mesmo período. Nos principais centros do país, como São Paulo o número de transplante caiu de 522 para 483 procedimentos. Assim também Minas Gerais, de 135 para 123. Obtiveram aumentos Rio Grande do Sul (140 para 163) e o Distrito Federal (9 para 34). Irei me ater a este último exemplo, que a primeira vista, parece ter tido um crescimento considerável. Porém, é na capital federal que está o retrato fiel do descaso com o transplante no Brasil.

É de lá que chega a última notícia sobre transplantes de órgãos. Em 10 de junho de 2016, o portal de notícias G1, publicou a piora no atendimento aos pacientes renais. No Hospital Base, por exemplo, faltam medicações e, no mês de abril, familiares tiveram que arcar com custos de produtos que dosam quantidade das medicações, segundo o presidente regional da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Marcelo Pereira Ledônio. Em resposta à reportagem, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal afirmou que “a rede enfrentou dificuldades relacionadas ao suporte necessário para esse tipo de procedimento”. Mas que neste ano os problemas foram sanados, e triplicou o número de transplantes de rins. Ainda na cidade sede do Poder Nacional, recentemente o jornal O Globo, publicou em 17 de janeiro de 2016, uma notícia que deixou todos perplexos. A morte de Gabriel de 12 anos, que ia receber um coração novo. Porém, por falta de transporte aéreo, o órgão foi recusado e o garoto não conseguiu esperar por um novo coração, morrendo 14 dias depois.

As duas reportagens citadas retratam a situação dos transplantes de órgãos em Brasília, que possui hospitais de referências, equipamentos modernos, equipes especializadas, geograficamente bem localizada no centro do país, com aeroporto e infraestrutura. Mas o problema dos transplantes de órgãos é geral. Pessoas morrem a todo o momento na lista de espera, por ineficiência e descaso do poder público. Caso continue a tendência de baixa nos transplantes de órgãos, este ano fechará como dos piores dos últimos 5 anos. Levantamentos da PULSARVIDA apontam que a taxa média é de 5.325 procedimentos para uma lista de espera de 24.700 pessoas, ficando assim, um saldo acumulado de 19.375 pessoas. Leia o estudo aqui.

Fonte:

G1

Jornal O Globo

 

PULSARVIDA atesta o processo de transplantes no Brasil

Mas poucos estabelecimentos hospitalares e falta de transporte desperdiçam 56% dos órgãos e compromete o SNT.

O Sistema Nacional de Transplante (SNT) funciona democraticamente. A lista de espera é respeitada, conforme os órgãos e tecidos são disponibilizados é feita a compatibilidade e encaminhado para o local que será realizada o transplante. Mesmo assim alguns problemas foram detectados. E, aonde estão eles? Na base do SNT, que são os Estabelecimentos Hospitalares de Captação de Órgãos e Tecidos e as Comissões Infra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (EHCOTs/CIHDOTTs). Além do insuficiente número desses estabelecimentos, há a centralização deles nas regiões Sudeste e Sul. E, muitas com instalações e suportes inadequadas. Além disso, a falta do transporte dedicado prejudicada a chegada dos órgãos e tecidos aos pacientes.

O processo de doação de órgãos não é um procedimento simples e rápido. O trabalho exige muito cuidado, além de ser minucioso. Primeiramente, é atestada a morte encefálica pelo médico do hospital e também por um neurologista, não pertencente à equipe de captação. Em seguida o doador é reconhecido por profissionais especializados em transplantes de órgão e tecidos. Depois se obtém consentimento da família, que ao autorizar a doação, faz um ato de amor e solidariedade ao próximo.

Após todos os procedimentos, como a verificação da morte encefálica, autorização familiar e captação, surgem outro problema! A questão da logística, pois como o sistema é nacional, os órgãos são distribuídos para todo o país. A imensidão territorial torna o transporte aéreo dedicado o mais viável. Os convênios com as companhias de aviação têm ajudado bastante, porém, os órgãos e tecidos são embarcados nos voos comerciais agendados. No entanto, é necessário aguardar as viagens para os órgãos serem transportados.

A Força Aérea Brasileira (FAB) também cumpre a missão no transporte de equipes, órgãos e tecidos, mas não é totalmente dedicada. Com isso, inviabiliza o aproveitamento dos órgãos ofertados. Uma vez, que a isquemia fria dos órgãos varia entre 4 e 24 horas fora do corpo humano. Como por exemplo, o coração precisa ser transplantado até 4 horas após sua retirada.

Melhorias

Depois de perceber alguns pontos críticos e ineficiências do SNT, a OSCIP PULSARVIDA, juntamente com a ONG AMARBRASIL, desenvolveu o Projeto PULSAR VIDA, que propõe por meio de ações estratégicas, informativas e jurídicas contribuírem para sanar as falhas e aumentar o número de transplantes realizados no Brasil. Com mais ofertas de rins, coração, fígado, pâncreas e outros.

Para tanto, só conseguiremos mudar essa realidade com a sua ajuda. Compartilhe nossas informações, junte-se a nosso grupo ou faça uma doação. Juntos podemos salvar mais vidas.

Conheça mais sobre o Projeto PULSAR VIDA acessando: pulsarvida